Não entendo esta minha falta de jeito, sentido e força.
Não entendo o porque de sentir a necessidade de ficar longe mas ao mesmo tempo te manter por perto.
E eu tento...aí se tento.
Fujo de ti porque abalas o meu mundo.
Fujo porque me tornas desajeitada, tonta e faladora.
Tornas tudo que é meu conhecido em desconhecido
E isso assusta-me.
Assusta-me esta perturbação que crias dentro de mim e que fazem com que tudo pareça confuso e ao mesmo tempo fácil. Com que tudo pareça entusiasmante e ao mesmo tempo errado.
Porque é!
Crias em teu redor um campo magnético onde parece que apenas eu sou puxada e presa nesse teu olhar quente e sedutor.
Nesse olhar que me faz ir ao céu e que penetra em todo o meu corpo.
Nesse sorriso que arranca sorrisos e arrasa corações.
És o fruto proibido, e eu fujo.
O mais longe possível para não me consigas apanhar nem por um milissegundo. Para que nem esses olhos azuis cor do mar não consigam sequer sentir parte nenhuma do meu corpo, que chama e grita tantas vezes por ti.
E então fujo, porque fugir é a melhor opção.
Porque fugir é mais fácil e mais cómodo. Porque aprendi a viver assim e a não trocar o certo pelo incerto. E porque a felicidade dos outros é sempre mais importante que a minha. E então sonho, porque só no meu sonho te encontro.
E porque o meu subconsciente é mais fraco ou talvez seja mais forte do que eu...
Porque ele arrisca.
Arrisca em me confrontar e tentar levar a melhor o desabamento do meu mundo.