segunda-feira, 26 de julho de 2021

Bondade

Sinto um turbilhão de sensações dentro de mim, e é isto que realmente me faz escrever. 

Ainda não descobri para quem escrevo, se para mim, se para ti, ou para o mundo. Mas faz-me bem. Acalma-me a mente, sossega-me o coração.

Revejo-me varias vezes a flutuar. Pelas tuas palavras, pelas minhas, pela dos outros. Tento retirar tudo o que seja opinião de terceiros, mas sei que no fundo me influenciam. Tudo o que sei sobre ti, sei-o porque o senti. Eu sinto-te verdadeiro. E pergunto-me como é que os outros não o vêm como eu. Como é que não são capazes de o enxergar.

Será assim tão difícil querer o bem dos outros, aceitar e compreender que nem todos somos iguais e pensar muito menos em nós em prol de outros. Não sairíamos beneficiados com este pensamento?

Pergunto-me vezes sem conta como pode o ser humano tão mesquinho. Falando sempre contra mim. Sou humana da cabeça aos pés. E encontro-me varias vezes a seguir por um caminho que não quero de todo entrar. 

Uma luta que todos devíamos travar. Tenho todos os defeitos do mundo, mas constantemente tento contraria-los. E penso varias vezes o que me define. Será aqueles ataques de fúria em que duvido de tudo e de todos e venha quem vier vai levar com o meu negativismo todo, ou será aquela menina que independentemente de tudo perdoa e diz que está tudo bem mesmo quando sente o coração apertado. Será aquelas vezes em que ignoro as pessoas e imagino mil e uma formas de fazer com que a pessoa se sinta da mesma forma que eu, ou será aquele abraço que dou quando de alguma forma sinto que fará a diferença. 

Tenho de acreditar em mim. No que sou, no que represento. No que dou, no que retiro. Todas as pessoas são de alguma forma boas. 

E isto é tudo o que eu preciso de acreditar, que a forma que eu te vejo é verdadeira. E que apesar de todos os percalços somos reais, e quero-te na minha vida para todo o sempre.

domingo, 15 de setembro de 2019

Patinho feio.

Ouço falar de ti, pela boca de alguém que já magoaste. E tornas-te feio.
Mas o meu coração bloqueia no mesmo instante essas mesmas palavras, essas mesmas frases cheias de magoa que turvam a minha realidade.
Não quero acreditar na pessoa que te pintam, não quero acreditar que aquele sorriso enquanto me beijavas não era real, que não era de gozo em vez de felicidade. Mas a verdade é que tolda um pouco a minha imagem à tua volta. Faz-me duvidar da realidade de que vivemos, ou que eu vivi. Faz-me duvidar do desejo que encheu todos aqueles momentos de prazer e que durante tanto tempo eu guardei com carinho.
Nunca partilhamos nada mais íntimo do que o prazer físico, além das doçuras que a amizade que partilhamos desperta.
Vejo-te talvez à minha imagem, e acredito numa pessoa que quero que sejas.
E pergunto-me como pode os meus sentimentos toldarem tanto a verdadeira realidade da tua pessoa, como posso eu estar tão enganada sobre a forma como me fazes sentir.
Não quero um namoro, não queria um casamento, e nada além da tua amizade é mais valioso para mim.
Queria apenas que fosses o que realmente eu senti que eras. Verdadeiro.
Queria apenas acreditar que o que vivemos nada teve haver com outras pessoas ou meras provocações. E apenas existimos nós e o imenso desejo que despertamos, as vezes, com um simples olhar.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O silêncio do meu coração

E as vezes tudo fica confuso. Sou um nada no meio de um infinito. Um nada, que é tudo para mim. Eu sou o meu mundo. E no entanto há tanto mais para descobrir.
Sou fruto de amor, e vivo com amor no meu coração. Fui ensinada a dar amor. A ser bondosa, a cuidar não só de mim, mas também dos outros.
E no entanto, com este misto de pensamentos e confusões sobre o que somos e quem eu realmente sou, penso em ti. E sei que apesar de ser o mais certo, como posso ao mesmo tempo pensar que é o mais errado.
Sou uma apaixonada, pela vida, pelo mar, pela areia por debaixo dos meus pés, pela brisa a arrepiar a minha pele, pelo cheiros que me transmitem paz e saudade, pelo frescos das árvores e o calor do sol. Sou uma apaixonada pelos sentimentos e pela maneira como me fazem sentir e remexer todas as células do meu pequeno corpo. Porque somos pequenos quando pensamos nas possibilidades todas que poderão existir.
Sim, sou uma apaixonada pelas pessoas, pelos corpos, pelo sangue que passa por as nossas veias.
E é esse mesmo sangue que me fazes ferver, é esse mesmo corpo que me fazes arrepiar, e é esse mesmo coração que me fazes acelarar pelo que realmente sou e quero para a minha vida.
Eu quero-te, mas também já quis outras pessoas. E no entanto, porque me fazes sempre duvidar do que quero para mim.
Mas sinto, que quero, sinto que o teu sorriso me alegra, sinto que a tua tristeza me revolta, que a tua preocupação me preocupa. E gosto de sentir. Mas está errado, está errado na mente de outras pessoas, está errado muito provavelmente na tua. Mas continuamos. E quando só nos permanecemos, mesmo no meio da multidão, sei que é certo. Porque o quero, porque te quero!
E então, desejo passar a mão por toda a tua pele morena, por todo o teu cabelo despenteado, por todo os teus lábios que me sabem a calma. A fresco, a amor.
Estará assim tão errado?

quarta-feira, 5 de junho de 2019

O dia que não será hoje.

Hoje queria escrever sobre o teu fim. 
O fim de uma etapa por quem mais uma vez passou na minha vida e que sem sombras de duvidas já ultrapassei. 
E digo-te, não seria mentira!

Hoje iria escrever sobre a forma como tudo começou e de como isso poderia ter sido determinante para o inicio do fim. Que tudo teria sido iniciado num dia de mentiras, de forma a eu ser mais uma das tuas. 
Que tudo começou num dia em que nos vestimos do que bem entendermos e mostramos parte do que queríamos ser, 
ou não ser, 
ao mundo que nos rodeia. 

Ás pessoas que nos rodeiam. 
E iria reflectir sobre o que seria mais assustador, (sendo que esta não é bem a palavra mais correta par descrever o que na verdade queria descrever, mas) era que não estavas mascarado de nada. 
E que talvez serias tu, o lobo vestido de cordeiro. 
Um bem perigoso, percebi mais tarde. 

Iria escrever-te uma ultima vez, sabendo eu que, isso talvez, fosse mentira. 

Mas vem-me a memoria sempre outra memoria. E de que serve as memorias se não para transformar sentimentos em belas palavras para serem um dia mais tarde lidas. 
Gosto de ler-me. 
Gosto de reler todas as parvoíces que um dia mais cedo, ou mais tarde, escrevi.
 Gosto de voltar a sentir, 
ou ainda melhor
sentir que já não o sinto.

E lá estou eu a dissipar-me outra vez, o que de todo não é mau. Porque no fundo estou me a dissipar de ti, de ti de dentro de mim.

E então, amanha escrevo-te novamente.
Até que não hajam mais palavras a serem ditas.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Até hoje

Na verdade, o que importa se quem o dizia para estarmos juntos eras tu ou eu. Na verdade, e lá no fundo, vamos fazer uma introspectiva (como tu tanto dizias para fazer), porquê que é mais importante ser eu ou tu a dizer para combinarmos algo, o que importa planeares as coisas e traçares um plano?! Faz de ti melhor, ou faz-te gostar mais?! 
ou melhor! Faz de ti mais pequeno?! Não me parece de todo.

Enquanto tu perguntavas quando estava livre, eu dizia-te que sentia a tua falta. E então... So por seres mais direto faz mais sentido?!

Não concordo contigo. Não é pelo meu medo de receber um não, que talvez seja o que prevaleceu, mas sim pela minha resposta após. Afinal o que importa, e o que sempre importou para mim, eras tu e eu. E se eu estava presente e tu também, que importância realmente tem quem o levou lá. 

(Falando concretamente que apenas se passou um mês e eu ainda estava a tentar perceber-te. Melhor. Nem um mês passou, tivemos praticamente 3 semanas bem. E diz-me sinceramente. Estavas a espera de que em 3 semanas?) 

Nunca te recusei, nunca mas nunca te mostrei que de todo não queria alguma coisa. E sim, apesar de nunca mostrar muita opinião sobre o assunto, o que realmente importa e é o que sempre desvalorizaste era que eu estava lá. Realmente eu ia. Com todo o meu ser, e talvez a medo. Porque não deixava de ser ao início. Não deixavas de ser um desconhecido que eu queria, e digo queria no passado, conhecer.

Culpas-me, mas vejo agora que de nada tive culpa. O problema estava na tua falta de confiança e na tua procura de me procurares defeitos. E o teu maior erro foi esse, procuraste sempre uma forma de dar errado. E deu. (não querendo tirar toda a culpa que também o tive)

A diferença entre nós, é que eu não desisti. Melhor! Tentei não o fazer. Até hoje, e repito, até hoje. Eu estive aqui.

Mas não garanto que o continue a estar.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Perder a esperança em ti

Não espero nada. E estas palavras doem-me como se fossem agulhas espetadas por entre o meu coração. Esperança, que coisa tão ridícula que foram criar. Que palavra tão sem graça, e tão poderosa.
A esperança dói, a esperança mágoa e tortura. E pior. Ela destrói-te. E não te larga, segue-te até ao fim.

E o que seria um mundo sem esperança, pergunto-me depois de todos os meus conflitos mentais do que é certo e errado. E não encontro resposta. Fomos programados para ter esperança. E ela prevalece, com toda a sua força e poder. E eu sinto-me a cair, sinto que vieste para me destruir. Sinto que por mais que abra os olhos e os mantenha abertos basta um piscar deles para tu me apareceres neles.

E que porra é esta que se está a passar comigo. Porque? E quem é esta pessoa desconhecida em que me vejo. E quem és tu. Pior, quem és tu!

E tudo o que mais queria era perder a esperança em ti.

domingo, 21 de abril de 2019

Quando menos esperamos.

As melhores coisas da vida acontecem quando menos esperamos. Não deixa de ser verdade, e tão cliché ao mesmo tempo. Lembro-me de me dizeres algo do género. (Quando ainda me dizias algo.) Mas deixou de ser das melhores coisas que poderia ter acontecido, e então que valor poderemos dar a vida. Quando tudo é passageiro, e fugaz... Quando as vontades passam e as palavras fogem. Devíamos ser todos mudos! E seria tudo tão mais sincero. Devíamos ser todos mudos! Aí está, uma verdade absoluta, e seríamos livres de falsas hipocrisias e falsas moralidades. E talvez dariamos lugar ao sentir. Devíamos sentir mais, viver mais, falar menos, falar muito menos.


As melhores coisas acontecem quando menos esperarmos. Não o deixa de ser verdade. Mas as piores também. E tu, bem, tu... Foste o pior agradável que me aconteceu.