quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O silêncio do meu coração

E as vezes tudo fica confuso. Sou um nada no meio de um infinito. Um nada, que é tudo para mim. Eu sou o meu mundo. E no entanto há tanto mais para descobrir.
Sou fruto de amor, e vivo com amor no meu coração. Fui ensinada a dar amor. A ser bondosa, a cuidar não só de mim, mas também dos outros.
E no entanto, com este misto de pensamentos e confusões sobre o que somos e quem eu realmente sou, penso em ti. E sei que apesar de ser o mais certo, como posso ao mesmo tempo pensar que é o mais errado.
Sou uma apaixonada, pela vida, pelo mar, pela areia por debaixo dos meus pés, pela brisa a arrepiar a minha pele, pelo cheiros que me transmitem paz e saudade, pelo frescos das árvores e o calor do sol. Sou uma apaixonada pelos sentimentos e pela maneira como me fazem sentir e remexer todas as células do meu pequeno corpo. Porque somos pequenos quando pensamos nas possibilidades todas que poderão existir.
Sim, sou uma apaixonada pelas pessoas, pelos corpos, pelo sangue que passa por as nossas veias.
E é esse mesmo sangue que me fazes ferver, é esse mesmo corpo que me fazes arrepiar, e é esse mesmo coração que me fazes acelarar pelo que realmente sou e quero para a minha vida.
Eu quero-te, mas também já quis outras pessoas. E no entanto, porque me fazes sempre duvidar do que quero para mim.
Mas sinto, que quero, sinto que o teu sorriso me alegra, sinto que a tua tristeza me revolta, que a tua preocupação me preocupa. E gosto de sentir. Mas está errado, está errado na mente de outras pessoas, está errado muito provavelmente na tua. Mas continuamos. E quando só nos permanecemos, mesmo no meio da multidão, sei que é certo. Porque o quero, porque te quero!
E então, desejo passar a mão por toda a tua pele morena, por todo o teu cabelo despenteado, por todo os teus lábios que me sabem a calma. A fresco, a amor.
Estará assim tão errado?

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