sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sonho


Estavas lá, no meu presente mas no entanto já eras passado. Não te vi muito nítido pois o tempo já não me deixa ver como tu eras, mas sim como és. Não conseguia ver bem o teu rosto. Estava escuro. Também estava lá a minha família. Estávamos todos rodeados de muita gente, tanta que achei quase impossível que aquele cubículo conseguisse suportar tanta gente. Era o momento de todos partirmos. Ia para o Acagrup. Não te ia ver mais, como também não o ia ver mais. Contudo entrei no carro do meu pai. E alguém me disse: ''O Flávio está ali no canto, não vais ter com ele?''. Porque (?) Nem falavas comigo. Contudo optei por ir. Disse-te para falares comigo. Disse-te que tinha saudades e que se pudesse te pedia para voltares. Mas não me era permitido interferir no eu destino. Não agora. Tudo parecia tão real. Depois estávamos tão juntinhos. E tu disseste: ''Esta ali o Paulo''. O meu coração saltou, não me queria ir embora. Mas contudo fui. Era ali, ao lado do Paulo, que julgava ser o meu lugar. E caminhei pela aquela subida, até o portão. O mesmo em que o carro do Paulo se encontrava. Mas quando estava a chegar, ele partiu. Mandou-me uma mensagem a dizer que tinha de ir. Mais uma vez! Porque é sempre isso que tu fazes, partes. Então, não sei por alma de quem, mandei uma mensagem ao Flávio, pedi-lhe para fazer uma pergunta, ele aceitou. Perguntei se já tinha seguido com a sua vida. Não me lembro bem da resposta, mas lembro-me de não ser muito satisfatória para mim. Disse que tinha de ir, porque tinha missa as oito. Assumi que fosse para o avó, mas logo tirei essa ideia, achei que a data não correspondia de facto. Mas de repente olhei para o calendário e vi que era 14 de Dezembro. Então de imediato perguntei-lhe se queria que eu fosse acompanha-lo. Não tive tempo de obter resposta. Lembro-me de em algum momento que estive a ''falar'' com ele lhe ter dito ''Amo-te''. Mas não percebia de facto. Eu já não o amava, ou pelo menos tentava acreditar nisso. Não obti resposta pois o despertador tocou, tinha chegado mais um dia. Tudo não tinha passado de um sonho, e nem sequer tinha percebido o seu sentido.

Sai-me da minha cabeça, por favor!

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