quarta-feira, 30 de abril de 2014

SEI

Um dia disseste me que tinhas entendido. Na altura fiquei a pensar. Não sei se te respondi, também não sei se tinha resposta. Mas disseste o. E eu não sabia o que te dizer.


Não sabia o que te dizer sobre isso nem te sabia dizer sim. Não quando me fizeste a pergunta. Naquela altura? Naquela altura eu ainda sonhava em princesas indefesas, presas em torres vigiadas por dragões. Ainda ouvia histórias de príncipes encantados que chegavam num cavalo branco e ainda sonhava com um beijo apaixonado que me iria fazer levantar o pé. 

Hoje sei qual seria a minha resposta. Mas hoje não muda nada. Não muda o meu talvez nem muda a minha falta de resposta. Hoje sei que não existe príncipes encantados e os cavalos brancos são uma espécie em vias de extinção. Hoje eu sei. Sei que não estava destinado, que não era a altura certa e que de certa forma me vou arrepender para sempre. 

Talvez se nós estivéssemos encontrado noutra história, noutra vida ou até talvez uns anos depois...

Hoje sei que tu não entendeste nada. Nem de mim, nem de ti, nem de nós. Sei que querias alguém que lutasse e eu não estive a altura de tal sacrifício pelo meu orgulho. 
Orgulho estúpido! Como te culpo. 
És talvez o maior inimigo do amor, da amizade e da felicidade. És o meu maior inimigo.

Hoje a minha resposta seria que sim. E talvez nunca terias duvidado das minhas intenções para contigo. 

Sem comentários:

Enviar um comentário