quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tristeza

As vezes precisamos de deixar o coração chorar. Porque depois da tempestade vem o sol, Ai! Como preciso de ser aquecida pelo sol. Sentir que toda aquela luz me envolve e me protege de toda a eternidade. Aprendemos desde cedo que nada é para sempre. Que os brinquedos partem-se, as roupas preferidas rasgam-se ou deixam de servir. Perde-se na memoria do que um dia fomos e nós perdemos a noção do que hoje julgamos ser.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Realidade

Sinto que a partir do momento em que escrevo, torno as coisas realidade. Por isso escrevo para ti, porque o que mais quero é a tua realidade. Quero ficar com a tua felicidade, com as tuas tristezas, com as tuas desconfianças, com o teu entusiasmo, com os teus medos, quero ficar contigo! Embalar-te no meu coração, aconchegar-te com a minha alma e proteger-te com o meu amor. 


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Love

(...) sinto-te a aproximar, já sei de cor o teu cheiro, e enches a sala com uma presença inconfundível. Sinto-te perto, o calor penetra-me mesmo antes de me tocares e ai quando o toque se confunde com uma mística de pensamentos e acções tu colas os teus lábios aos meus e massajas-me o coração. Alguma vez te disse isto ? Porque é nesse momento quando te sinto a  querer aconchegar o meu coração apenas com a alma que eu tenho a certeza. 
Eu Amo-te !


terça-feira, 29 de março de 2011

Raid

Sinto pequenas gotas a caírem-me nas costas, está fria! O meu cabelo começa a alisar, cada vez mais escuro. Já não sentia as pontas dos meus dedos e as pernas começam-me a falhar. - Será que ainda falta muito ?! - Lembro-me de ter perguntado a alguém. Apesar de não ter obtido resposta, eu estava feliz. Sentia a adrenalina a correr pelas minhas veias. Sentia o proibido a ser consumido rapidamente. Sentia o corpo gelado e os lábios roxos a quererem começar a tremer. Mas isso dava-me forças.



quinta-feira, 10 de março de 2011

''Não te esqueças de me vir buscar''

''Não te esqueças de me vir buscar''
Sigo-te apenas com os olhos...Vejo-te correr com essa coisa enorme que trazes nas costas. Estas crescido, forte, um homenzinho grande, indefeso como gosto de pensar. Protejo-te com o coração. Mas nada mais posso fazer, então alcanço-te novamente e de seguida voltas-te para mim. Olho-te nos olhos e com um simples gesto metes as mãos aos ombros, como se tivesses a abraçar o vazio. Balanças os braços e o tronco e continuas com o teu caminho até desapareceres pela aquela enorme porta.

Era mais um dia de escola.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Apenas não aconteceu...


Acordo e tudo me parece estranho. Ainda no ano passado estive cá, e no entanto tudo mudou.- Pensava eu enquanto me via rodeada delas.

Tinha oito camas á minha volta e tu não estavas lá como planeamos. Eu não corri no meio da noite para a tua cama e não te acordei com miminhos como aconteceu á um ano. Eu não te encharquei com inumeras bolas de neve, nem adormeci com a cabeça encostada ao teu peito. Apenas não aconteceu...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Avô

Ainda hoje não me consigo acreditar. 
A esperança (...) para mim torna-se tão imperativo que me é quase impossível explicar. Ainda hoje, acordo com a esperança a bater-me no peito querendo quase saltar.
 Ela no fundo nunca deixa de acreditar que pode ser possível. 
- Sim, tu és possível. - Diz-me ela. 
E gera-se assim o conflito. 
O meu desejo entra em confronto com os meus processos mentais. 
- Acorda-me - Só mais uma vez.
 - Chama pelo meu irmão - E faz-me irritar contigo, por não me deixares dormir. -Resmunga- Pelo facto de não te desejar ''Bom dia''. 
- Ama-me - como sempre me amas-te. 
(Sinto saudades tuas avô)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Caminho

Andava tão furtivamente depressa que nem conseguia contar as pedras da calçada por onde andava. Vinha com o pensamento vago, vazio. Havia algo dentro de mim, algo que se agitava e que me deixava com náuseas. Pensei em deitar tudo a perder, tudo daquilo que gosto e por que tanto tento lutar. E por momentos deitei mesmo isso a perder. Arrependi-me logo. Voltei a cabeça para trás, tudo o que via era uma rua funda e escura, repleta de árvores á volta. Tinha me perdido. Então, decidi não voltar e sim continuar. Continuar em frente (...)