quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Decisão

A verdade é que queria com todas as minhas forças que fosses tu. Que eu e tu iríamos combater todo o mal do mundo e prevalecer no bem. A verdade é que gosto de ti de uma maneira que nunca gostei de ninguém. Mas para tudo há um limite. Existe em ti uma força sobrenatural que me empurra para longe. E por mais que eu tente, eu não consigo lutar contra isso. Gostava que fossemos eu e tu contra o mundo, mas não consigo gostar pelos dois. Eu querer não basta. E então é isso, somos eu e tu sem que nada aconteça. Sem que tu o queiras e sem que deus o permita. E isso magoa-me o peito. E decidir que não vou lutar mais magoa-me o coração. Nao, a culpa não é tua, é minha, com esta vontade de contar a todo o mundo a felicidade que tu me davas. A verdade é que guardar para nós aquilo que nos faz feliz é a melhor forma de preservarmos o que de melhor nós temos. E a verdade, é que fui eu que estraguei tudo.

E depois destas poucas palavras em que te digo que desisti, bastava uma palavra tua para eu voltar atrás. Eras a minha felicidade, apenas já não o queres ser. 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Parte!

Sei que nada posso esperar de ti, mas vou esperando... Sei que me dizes vezes e vezes sem conta que mais do que o que temos nunca irá acontecer, mas eu vou sonhando. Não me basta!  E então é quando eu me questiono se valerá a pena, se daqui a seis meses, um ano talvez ainda dirás o mesmo. Se quererás desperdiçar a complicidade que nos acompanha só porque decidiste por livre vontade erguer um muro entre nós, entre o possível e o alcançável. Entre o que poderíamos ser e o que queres que sejamos. 

Desculpa, eu preciso de mais! Preciso do aconchego, da alma dividida em dois, dos problemas partilhamos, da cama a metade... Eu preciso de alguém que me aconchegue de noite, e não alguém que me aconchegue depois de um noite.
Preciso de ti por inteiro, e não a metade, porque alguém decidiu o partir e levar consigo para longe a outra metade. Se me dissesses para esperar, que um dia estarias inteiro. Eu esperava. Sem resma de dúvidas. O problema é que me dizes: parte!

domingo, 8 de novembro de 2015

6 Nov - primeiro encontro. (Depois de muitos)

Estava aflita, que diferença fazia a roupa se no entanto já te habituas-te a ver-me sem ela, mas continuava aflita. - Não muito nem pouco - repetia para mim vezes e vezes seguidas.
Mas mesmo assim tudo parecia tão demasiado, ou em tão pouca demasia. Ridícula!
Sentia-me assim, com as borboletas a volta e a cabeça as rodas. Lá fomos nós, eu sentia-me como uma menina de 15 anos, e tu provavelmente o  badboy de 18. Se bem, que com a idade tenho perdido o juízo.
Mas fui, mesmo a sentir-me uma menina mulher, uma mulher com a segurança de uma criança, até as crianças serão mais seguras certamente.
E então andamos nós, pela multidão, mas no entanto tão sozinhos. Contigo aprendi que a solidão é boa, mas apenas se a partilhares comigo. E então fomos andando, sozinhos com toda a gente. Só me importavas tu, e talvez tu só te importasses comigo. Ou não, não posso falar por ti. Cansei-me disso sabes? De te arranjar desculpas e maneiras carinhosas de te desculpares.
Parecíamos um casal, passeamos como casal, e éramos cúmplices que nem um casal, só não o éramos. E nunca o seremos provavelmente.

O que temos é bonito tal como está, enquanto é inocente e livre de culpas.

Partilhamos as pipocas ou talvez seja melhor dizer que as partilhaste comigo, quase nem as toquei, mas partilhamos pipocas, colocando o balde mesmo por cima das minhas pernas, assim teria uma oportunidade de te embarrar no braço sempre que as vinhas buscar. Talvez seja por isso que comeste tantas, ups lá estou eu a falar por ti. Não tem mal, eu nem conseguiria comer, o meu corpo fica inerte na presença do teu, e a minha barriga cheia, de borboletas saltitonas.
Passaste o filme entusiasmado, e eu entusiasmada com o teu entusiasmo. Que confuso! Talvez estivesse mais atenta às tuas reacções do que propriamente as interacções do filme. Não importa. Vamos repetir ?

Depois entregaste-me ao destino, como sempre. Fazes-te de atento mas empurras-me para longe. Voltas a puxar-me e acabas com que volte a adormecer a pensar em ti.

Estou apaixonada, pelo diabo!