domingo, 8 de novembro de 2015

6 Nov - primeiro encontro. (Depois de muitos)

Estava aflita, que diferença fazia a roupa se no entanto já te habituas-te a ver-me sem ela, mas continuava aflita. - Não muito nem pouco - repetia para mim vezes e vezes seguidas.
Mas mesmo assim tudo parecia tão demasiado, ou em tão pouca demasia. Ridícula!
Sentia-me assim, com as borboletas a volta e a cabeça as rodas. Lá fomos nós, eu sentia-me como uma menina de 15 anos, e tu provavelmente o  badboy de 18. Se bem, que com a idade tenho perdido o juízo.
Mas fui, mesmo a sentir-me uma menina mulher, uma mulher com a segurança de uma criança, até as crianças serão mais seguras certamente.
E então andamos nós, pela multidão, mas no entanto tão sozinhos. Contigo aprendi que a solidão é boa, mas apenas se a partilhares comigo. E então fomos andando, sozinhos com toda a gente. Só me importavas tu, e talvez tu só te importasses comigo. Ou não, não posso falar por ti. Cansei-me disso sabes? De te arranjar desculpas e maneiras carinhosas de te desculpares.
Parecíamos um casal, passeamos como casal, e éramos cúmplices que nem um casal, só não o éramos. E nunca o seremos provavelmente.

O que temos é bonito tal como está, enquanto é inocente e livre de culpas.

Partilhamos as pipocas ou talvez seja melhor dizer que as partilhaste comigo, quase nem as toquei, mas partilhamos pipocas, colocando o balde mesmo por cima das minhas pernas, assim teria uma oportunidade de te embarrar no braço sempre que as vinhas buscar. Talvez seja por isso que comeste tantas, ups lá estou eu a falar por ti. Não tem mal, eu nem conseguiria comer, o meu corpo fica inerte na presença do teu, e a minha barriga cheia, de borboletas saltitonas.
Passaste o filme entusiasmado, e eu entusiasmada com o teu entusiasmo. Que confuso! Talvez estivesse mais atenta às tuas reacções do que propriamente as interacções do filme. Não importa. Vamos repetir ?

Depois entregaste-me ao destino, como sempre. Fazes-te de atento mas empurras-me para longe. Voltas a puxar-me e acabas com que volte a adormecer a pensar em ti.

Estou apaixonada, pelo diabo!

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