quinta-feira, 30 de abril de 2015

Hoje sinto-me mais perto de ti...

Estava inquieta, sentia o meu coração a bater muito rapidamente. 
Olhava em redor e imaginava cada história de cada pessoa que via a passar. 
Tentava me distrair, seguia a imaginação. 
Mas, por mais que a seguisse ela seguia-te a ti. 
Voltava novamente vezes e vezes sem fim para ti. 
Nesse momento deixava de o sentir o meu coração a bater, mas começava a ouvi-lo. 
Ouvia nele murmúrios da tua voz, restos do teu toque, sentia a tua presença. 
Mas sem nunca o estares! 
E então a aceleração da minha respiração aumentava, a cabeça deixava de funcionar e a barriga a revirar. 
Sempre sem nunca parar. 
E então hoje eu digo-te que és parte de algo maior que alguma vez aconteceu comigo. 
Hoje aceito-te.

domingo, 26 de abril de 2015

A vida é feita de sonhos.

A vida é feita de sonhos. 
Sonhos que vamos tendo e querendo que se realizem. Sonhos bonitos, cheios de vida e cor. Inicialmente não sei bem o que significavas, comecei por sentir desejo. Que a cada semana parecia maior. Comecei por não te conseguir olhar nos olhos sem me conseguir imaginar neles. Depois passou para o desconforto do teu toque, que me fazia percorrer distâncias para fora de mim e voltar num instante que nem eu mesma dava por isso. Passou rapidamente para o espaço, saber da tua presença já me fazia alucinar com as coisas mais belas que duas pessoas podem fazer juntas. E então passaste a ser frequente nos meus sonhos. Invadiste-me pouco a pouco até não restar espaço para mais ninguém. Tornaste-te no sonho. E acredito que hajam sonhos que não devam passar disso, que seja obra do destino e que estragar isso seja puro egoísmo. 
E então qual o porque de não te conseguir responder?! Sei que tens razão e em parte é não sabermos lidar com a situação. É saber que nem por mensagens me consigo controlar e imaginar o misto de sensações que poderiam existir se eu cedesse. Se te deixasse entrar e levar parte de mim aos lugares mais íntimos que conheces. É a consciência que eu sou fraca quando estou perante ti, sabendo que não sou eu apenas que o desejo tão intensamente.
Não menti, não acho que seja correto. Não acho que esteja escrito eu e tu neste céu infinito de estrelas. 
Saber do poder que exerces sobre mim assusta-me. E isso sim, é a resposta para a qual não consegui dar.



Fruto proibido


Crias em mim uma eternidade de sentimentos. 
Crias a sensação sem sequer estares presente. 
Fazes-me crer que estou contigo mesmo quando sei que mais longe não poderia estar. 
E por fim, 
fazes-me sentir especial. 

És o meu fruto proibido.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Errado


Estou sempre a pensar se serei perfeita para ti ou se tu o serás para mim. 
Se será eterno ou efêmero...
penso, penso e não para de pensar. 
E depois algo se ilumina...
O teu rosto ?
Os teus olhos ?
A tua boca ?

A tua presença....

Talvez essa seja a sensação, 
a não importância do certo ou incerto, 
se está escrito ou descrito. 
Hoje quero tanto que o meu corpo luta para comigo mesma para aceitar. 
Sim, 
porque o meu corpo já te aceitou desde que me lembro de te falar, olhar, sorrir, ou brincar. 
Ele já assumiu há muito tempo uma coisa que a cabeça se recusava a assumir. Que negava e barrava qualquer tipo de dúvidas que pudessem existir.

E então eu penso que não irei pensar mais. 
Vou ser irracional. 
Vou viver o momento como desde sempre deveria viver. 
Vou errar, vou falhar, vou cair e queres saber ? 

Vou-me levantar.

E se não der certo a gente tenta de novo, de novo e de novo. E se não der certo a gente fica junto errado mesmo.


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Parva

Fico à espera pacientemente, olho uma, duas ou até três vezes. 
E enquanto nada aparece volto a olhar sem pensar. 
E repentinamente; 
o som aparece, a vibração sente-se e o ecrã iluminam-me. 

E então sinto cada palavra tua como sendo minha, e imagino os teus dedos a querer digitá-lá. Imagino-te deitado, de pé, a correr. Imagino com quem estas, como estas se sorris ou ris de mim. 

E então sorrio, para o telemóvel, para mim e para ti. 

Do nada pareço parva aos olhos de quem me vê.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Tu tens-me nas tuas mãos.

Fazes com que pareça tudo fácil, com que as palavras saiam naturalmente, e o coração bata descompassadamente. 
Fazes com que os sonhos se pareçam reais e a realidade sonhos.
 Fazes-me bem, e eu sei.

Sei que a partir do momento em que assumir isso ficas com grande poder em tuas mãos. Um poder que já há muito tempo ninguém possuía. Um poder que nem eu mesma queria que tivesses.

Guarda-o com o coração, e usa-o com a cabeça. 
Olha-me com esses teus olhos azuis que na escuridão se assemelham a cinza e eu vou te prometer fazer feliz.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Amor platônico

Será possível conseguires ainda me tirar o sono?
 Além de me roubares todo o desejo e de invadires todos os meus sonhos. 

Roubas-me as palavras quase todas. Mas acabam sempre por aparecer mais. 
Levas-me ao extremo e eu vou deixando ir, como sempre deixei contigo. 
Porque fazes me parecer tola, parva e desejada. 
E que mais poderia desejar do que me sentir assim por alguém que já há muito desejo.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Trocadilhos.

E tudo começa com uma brincadeira, vais-te deixando ir e eu vou-te alcançando. Vais-me picando e eu vou piorando. Fico balançada por entre trocadilhos de palavras que ficam rodopiando por entre a minha imaginação e a faz voar para os lados mais obscuros das mesma. Começo a imaginar, começo a magicar, a inventar gestos teus, sussurros teus e a sonhar com um misto de sentimentos que poderiam existir e que não seriam correctos de persistir.

E depois é tarde, para parar, para não continuar, 
para não imaginar, 
para deixar de rasgar os lábios sempre que revejo vezes e vezes sem fim o teu nome escrito no meu telemóvel.
 Sempre que ele vibra e eu vou a correr para ver se eras tu e o destino a dizer-me que também estavas a pensar em mim. 

E então não será este o sinal, para que me afaste, para que nos afastemos? Para que deixe de sonhar comigo e contigo no meio de um infinito de um mar azul que tanto me inspira os teus olhos. Porque eles sim, são talvez a minha maior fraqueza.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

"Brincar com o fogo queima"

As chamas rodopiam por entre o ar, lançam as faíscas que não sei como parar. O calor começa a entranhar-se por todo o meu corpo sabendo que algo está mal e errado. Alertando cada partícula da minha pele. 
Sinto a angústia, sinto medo, sinto o fogo a querer entrar. 
A adrenalina começa a aumentar, o desejo de começar a brincar com este muito quente fogo. As labaredas encantam a minha pele com pequenos toques. E lembro-me de ouvir uma voz ao longe, distante e familiar. Sussurrava quase como uma súplica "se brincas com o fogo queimas-te". E aos poucos o meu subconsciente vai parecendo mais perto. 

Começo a querer dormir e por fim adormeço. 
Desmaiada.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Descontrole


E depois apercebo-me que nada pode ter sido da minha cabeça. Sem hesitar entregaste-te de corpo alma e coração, e volta tudo a ficar nas minhas mão. Voltas-te para mim e só me falta pedires para ficar. E eu quase que fico, perdida no azul que tanto me encanta. E ai apercebo-me que estou a brincar com o fogo e no fim...No fim vou magoar toda a gente a minha volta. Apercebo-me que já vou tarde e que já não consigo parar e que já estou mais envolvida do que alguma vez poderia estar. 

Mas estava tudo controlado, a tua falta de resposta, a falta de atenção e a tua falta de significância. 
E agora decides mudar tudo do avesso e baralhar ainda mais.
E mais uma vez perco todo o controlo que poderia ter da situação, e mais uma vez o fogo volta a queimar-me

Palavras

Hoje o meu dia vai ser para mim, 
não há TU, nem TI, 
não há ELE E EU, 
e muito menos o NÓS,
Hoje sou EU, e apenas eu. 
Hoje vou sentir, vou viver e vou aparvalhar SOZINHA.

...
Mas e aí as palavras faltam-me.



Chamada



As palavras por vezes esgotam-se. E ficam na memória do que foi dito e de tudo o que ficou por dizer...

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Cumprimento

Chegas perto de mim, ou eu de ti. 
Cumprimentas-me ou eu a ti, 
e depois:

Sinto a alegria dos teus olhos a envolver-se nos meus, os teus lábios aproximam-se da minha face e elas coram, As borboletas ganham vida e fazem-me sentir sem jeito. O meu coração aumenta frequentemente o ritmo parecendo que vai saltar para dentro do teu. E saem as palavras mais estúpidas que poderiam sair pela minha boca. E quando finalmente a tua face roça nos meus lábios, picando-me ligeiramente pelo efeito da barba que deixas-te ficar, o desejo cresce. 
Pareces maravilhoso naquele breve espaço de tempo.
Naquele momento fujo, porque já não tenho moral para continuar perto de ti.
 Imagino maravilhas que poderíamos fazer, imagino o fogo que poderíamos viver e a desgraça do que poderia acontecer.
Mas não paro de imaginar, porque mesmo estando a certa distancia continuo a imaginar, com a sensação dos teus lábios tão perto dos meus, da tua face picando ligeiramente a minha e imagino que mais ela faria em busca da procura do desejo.
Então tudo se resume a desejo. 
Desejo da tua presença, dos teus braços, da tua força, dos teus olhos, da tua boca, da minha mão por entre os teus cabelos puxando incessantemente de maneira a descobrir o teu pescoço.
Apenas sede de ti.

IPE

Aprender faz sempre bem. Enche a cabeça, enche o coração,
Enche o corpo, e renova a alma.

E depois existe aqueles espaços vazios entre os conhecimentos que nos preenche o espírito. 
Existe a brincadeira, a parvoíce, a cumplicidade.
Existe as pessoas mais interessantes que tu.
Existe o espaço de reflexão, aquele em que paro para pensar em ti. 
Existe a busca pelo café, onde deixo de pensar em ti.
E existe logo a seguir o voltar a pensar em ti,

E isto era suposto não ter nada haver contigo, era suposto ser sobre mim, o que aprendi e o que não me ensinaste, 
Era suposto nem sequer estares presente,
Continuares assim no oculto que desde à duas semanas impuseste. 
Era suposto teres uma desculpa melhor, uma historia melhor e uma postura menos encantadora, Era suposto eu continuar irritada, zangada e trocar-te de vez.
Mas não, a desculpa deixou-me ainda mais furiosa, a historia ainda mais irrisória.
Mas a postura ainda mais derretida. 
E depois prometes, estar mais atento, perguntas-me se estou mais atenta e eu perco a coragem de te trocar. Porque isso significaria não te importares mais comigo, não me ensinares o que sabes e muito menos falta de desculpas para me meter contigo.

E então sinto-me alucinada, fora do juízo e pronta para pedir ajuda.
Porque o meu corpo não coopera com os meus processos mentais.


Criança que se diz mulher.


Preciso de deixar de escrever para ti, preciso do teu silêncio e da tua distância. Preciso que nunca duvides do que quer que seja que penses e que nunca mais tornes a brincar comigo. Preciso que me deixes, partir sem me alcançares, como tanto sabes fazer. Preciso da ignorância, do desgosto e dos atos parvos que normalmente tens. Preciso que sejas idiota, cansativo e desajeitado para que não sinta necessidade de te procurar. Para que nunca olhe para trás sem nunca precisar. E apesar de fazeres tudo isso tão bem, eu volto. Sem querer, sem raciocinar, sem lembrar. Sinto uma força que nem eu própria consigo acalmar. Nem a minha teimosia consegue domar e muito menos a minha vontade quer deixar.

E então preciso com muito precisar, que nunca te voltes nem para um último olhar. 
E então preciso de não fraquejar, mas ainda mais que não desistas de me abandonar. 
E então preciso sem nunca quebrar que nunca abandones essa tua vontade de te afastar. 
Mas e depois desta distância, quando te apresentas perante mim, quando sinto o teu corpo a menos de meio metro de aproximação eu esqueço. 
Do que escrevi, do que prometi, do que afirmei. 
E nesse momento preciso de tanto precisar, de quebrar  todas as barreiras escritas por mim. Escritas por ti e por Deus. Escritas por alguém que provavelmente não me conhecia, não te conhecia nem conhecia a força magnética que me puxa para ti. 
E nesse momento sinto-te quase como dentro de mim, a remexer tudo de baixo para cima, de cima para baixo sem sequer eu permitir. E nesse momento perco os sentidos. O meu discernimento abandona-me e a vontade volta, a de te ter e não a de fugir. 

E que força é esta que exerces sobre mim, nesta criança que se diz mulher que age de uma forma se dizendo outra. Que foge, querendo voltar, que pensa sem querer pensar, que sonha sem querer sonhar. Que se diz forte sem o conseguir ser.

domingo, 12 de abril de 2015

Tão pouco quero saber.

Tudo parece claro, 
Estás longe e não te quero, estas distante e eu te renego, estas algures e eu tão pouco quero saber.

Depois começo a reflectir e a insistir nas mesmas coisas, uma vez e mais outra vez. E reforço voltando a reforçar. 
Que não te quero.
Que te renego.
Que tão pouco quero saber.

Mas e depois apareces, alcanço-te ao longe e tudo me abandona. A confiança, a vontade e o tão pouco quero saber.

Os meus lábios rasgam e a minha alma abre. O meu coração aquece de tanto acelerar e a minha respiração parece de momentos me abandonar.

Depois tento te ignorar, tento que o meu corpo não sinta a tua presença, que os meus olhos não te voltem a encontrar e forço as minha pernas a caminhar.
Para longe.

Depois alcanças-me novamente, e desta vez mais presente perguntas-me pacientemente como se tudo voltasse ao normal. 

E depois desta luta incessante, em que os meus sistemas começam a debater. A cabeça vira-se para a alma e diz: "tão pouco quero saber" 

E naquele momento caio aos teus pés. 
Novamente.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Roubar-te

Hoje apetece-me sair, correr de braços dados pelas maravilhosas ruas do porto e conhecer um pouco mais do desconhecido. 
Quero pegar em ti sentar-me na esplanada de algum café e falar até não poder mais. 
Quero aparvalhar como sempre aparvalhamos e rir e sorrir até começar a doer.
Quero roubar-te ao mundo. 
E ficar contigo só para mim, num lugar que só nos conhecemos.

E por fim, começa a chover.

(ANA)

Deixa-me

As borboletas passeiam pelo meu estômago e fazem-me perder a fome, o coração faz-me crer que está prestes a sair para fora quase como se criasse vontade.
A cabeça pára para que consiga deixar-te entrar, e depois o corpo vai...
Deixa-me para trás com a alma perdida no que um dia já fui,
Deixa-me

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Casa

Ontem falaste-me ao coração, e eu ouvi sem hesitação. 
Porque no fundo sinto aquela necessidade quase como insuportável de te proteger. 
Sinto que te devo abraçar e te embalar como nos faziam em crianças. 
Sinto a suplica no teu olhar e o medo nas tuas mãos. 
Mas também sinto o inevitável. 
Sinto que te faço mal e bem ao mesmo tempo, sinto medo e vertigens de mim mesma. 
Sinto tristeza magoa e negações.

Ontem disseste-me que quando uma lâmpada funde numa casa, a primeira coisa que se faz é trocar essa lâmpada. E que por mais que queiramos essa seria a solução, e nunca trocar de casa. Disseste que isso se assemelhava a uma relação. E que era-mos nós reflectidos numas só palavras. 
Que esta era a nossa situação.

Mas por vezes as lâmpadas vão sendo trocadas umas atrás das outras. E um dia talvez percebas que ás vezes o problema não é das lâmpadas. Mas da casa. Que já se fundiram tantas que já nem sequer vale a pena consertar, mas sim trocar de casa.



Bestas

E finalmente sinto-me novamente no suicídio da minha alma. Preciso de falar-te, gritar-te, preciso das tuas palavras e elas não chegam. 
Não entendo, e quando acho que começo a conseguir tu puxas-me e derrubas-me ao chão. Tu das-me tudo e num ápice desapareces. 

É suposto eu perceber, entender e também compreender. É suposto que os olhares se cruzem e que eu perceba esse fogo que me transmites mas que no segundo a seguir o apagas. 

Percebi que os homens são bestas e as mulheres confusas. Não porque o devem ser mas porque o intitulam mutuamente.



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Esperar

Esperar torna-se o verbo mais imperativo que conheço, mas também o mais complicado de aprender. Estou impaciente, irritada e desajeitada e tudo porque me fizeste esperar. 
Por algo que poderá não vir, e por algo que nunca poderá acontecer.
E isso irrita-me, tu irritas-me e finalmente eu irrito-me.

E essa é toda a certeza que me deixas.



Fogo

Vejo-te de longe e deixo-me ficar,
Deixas a saudade que um dia irá passar, 
Deixas-me para que um dia possa voar,
Deixas-me para me libertar e eu sei que sim.

Sei que tudo não passa de meras expectativas e que um dia me encontrarás, 
Sei que será inevitável fugir de ti e que com o tempo irá passar.
Sei que és correto mas do correto foges tu.
Sei que achas impossível mas que de impossível não tens nada.

Queria saber isso tão bem quanto tu sabes.
Queria o mundo aos meus pés, queria a vida e a morte em simultâneo e queria-te a ti. 
Porque sei que nunca o terei.
Sei que a solução é esta que me obrigas a escolher, mas sei que também não é a que querias tomar.

Porque sinto e acredito que também a sintas, acredito que isto é quase como impossível de não sentires.
Acredito que a força com que o sinto seja a mesma com que tu a sentes e por isso esta suplica em querer ir.

Esta suplica de amar, fugir e voltar. Esta suplica que me insiste em não abandonar.
Porque eu sou feita de vida, sou feita de sentimentos e vontades e paixões. 
Sou feita de fogo.




terça-feira, 7 de abril de 2015

Chega-me

Chega-me o teu cheiro, 
esse cheiro a sal e queimado pelo sol, 
esse teu brilho de homem e não de menino, 
essa tua inspiração da vida e para amar. 

Chega-me esse teu espírito molhado e pronto para aprontar, 
esse teu cabelo que tende em voar 
e a desalinhar com o resto que sobra de ti.

Chega-me essa tua vontade pela brisa do mar, 
pelos teus pêlos que começam a erriçar 
e pelo olhar que tende a rasgar. 

Para mim...

Sempre que te alcanço e começamos a nos encantaram . 
Sempre que os meus olhos pousam em algo que se assemelha a ti. 
E tudo começa a girar.

O mundo não para, 
a vida não para, 
as pessoas não param 
mas nós paramos, 
um para o outro como se não houvesse amanhã. 
Como se fosse o certo e não o errado. 

Como, 
como se fosse Destino!

Paraíso

Eu sinto e volto a sentir, as ondas a arrebatar o meu coração num vai e vem que nem eu sei o que quer dizer. Tanto me hipnotizam fazendo-me seguir o vento aromático e tentador que me faz lembrar a ti. Tanto me empurram num turbilhão de sentimentos baralhando tudo no arrebentar dessas mesmas ondas.
O mar apodera-se do meu pensamento e acaricia-me a pele, apodere-se de todos os fios do meu cabelo e faz-me sentir a sensação das tuas mãos por entre eles. Faz-me sonhar com o teu olhar e falar intensamente com ele. 

E então a areia infiltra-se e sinto uma mistura de desconforto. Uma mistura e insegurança em cada partícula da minha pele mais forte e mais persistente que qualquer sensação boa que despertas em mim. E então depois as ondas voltam-me a alcançar. Tirando todas as inseguranças que algum dia poderiam existir. Bastava uma palavra tua, um gesto ou talvez um olhar, que tudo se dissipava. Tudo se esquecia e eu mergulharia nesse belo azul do mar, onde fundiria com o céu bem lá no horizonte e onde mesmo no final do dia seria lá que permanecia, no belo pôr do sol que tanta calma daria ao meu pensamento. E então eu viveria, para sempre envolvida nessa praia chamada paraíso. Nessa calma que se chama felicidade.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Susana

Quando foi a ultima vez que falamos mesmo?!

E que importância tem isso quando parece que nunca nos deixamos de falar?! Parece que foi ontem.
 Lembraste? 
Trocas de mensagens, risos parvos, copianços malucos, saídas tolas. 

E o que é a amizade se não uma mistura de sentimentos. A amizade é vontade, certezas e paixões. São desilusões , alegrias e razões. Um amigo enriquece-nos a alma e aquece-nos o coração. 


E não só pelo que nos dá.
Mas pelo que nos mostra de nós mesmos.

És realmente alguém que quero ter sempre comigo. 


Cara metade

E enquanto crescemos fazem-nos acreditar que vivemos em busca de uma cara metade, de uma alma gémea que dizem os antigos estarem destinados para nós. 
Que o "grande amor da nossa vida" acontece apenas uma vez em toda a nossa existência e normalmente antes dos 30. 
Que um dia deixarás de ser apenas tu mas dois criando um só. 
Agindo de forma igual, 
pensado de forma igual,
e que só desta forma daria certo.
 Que somos metade de um ser que só se completa quando encontramos o tal. 

Fizeram-nos acreditar que só assim seríamos felizes e qualquer rotina fora deste cenário seria condenado a marginalidade.

O que não nos contaram foi que já nascemos inteiros e que ninguém pode carregar com a responsabilidade de nos completar o que nos falta. 
Que só nos próprios temos mão na nossa felicidade e que o caminho a seguir nem sempre é o ideal para a maioria.
 Que somos diferentes e que para sermos amados temos primeiro de nos amar a nos próprios.





domingo, 5 de abril de 2015

Páscoa

Hoje eu quero estar perto daqueles que mais gosto, 
quero sorrir e rir com vontade, 
quero sentir aquela alegria que sinto sempre que vocês estão presentes.  

Quero a minha família. E quero-te a ti pai. 
Que apesar de não estares presente em todos os dias da minha vida pessoalmente, estas em coração. 
E isso faz a diferença.


sábado, 4 de abril de 2015

Oportunidade

Nem sempre desistir é o melhor caminho. 
E talvez uma boa conversa seja o que eu precisava. 

E então falamos , e falamos e falamos e tu prometes-me o mundo outra vez. E eu acredito, porque me relembrei de tudo o que um dia fomos e que podemos voltar a ser. 

Dizes-me que posso ter a minha liberdade e mesmo assim não te perder. Dizes que me das a lua e eu volto a acreditar. 

E então talvez seja a questão do tempo. E talvez tudo não passe de uma mera passageira insegurança que tantas vezes surgem sem sequer pensar.

E saber que fui sincera e que mais tarde não poderás usar isso contra mim...
E então é isso, acreditar em ti e em nós. E ver até aonde poderíamos ir. 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Ponto

Hoje és o meu ponto final.
O meu paragrafo.
O meu caminho a evitar, para que a minha alma possa voltar.

Santiago fez-me ver-te. 

Fraquejei e por segundo perdi a força, o meu chão e o meu céu.
Hoje não vais conseguir me ver,
Hoje já não és o que eras ontem, e não voltarei a abrir fendas para que o meu mundo desabe novamente.

Para que nunca duvide do que realmente quero e me pertence,

E hoje pareço confusa.


Regresso



Eu queria continuar a fugir dos meus problemas. Queria ficar e continuar apenas onde começamos...Queria partir de Valença e demorar um ano a chegar a Santiago para não voltar.
Deixa-me ficar, ou pede-me para ficar.





quarta-feira, 1 de abril de 2015

Demónio

Está tua indiferença eriça todos os pelos do meu corpo, cravam como agulhas fazendo-me crer que tatuas o meu corpo sem pedir a minha permissão. E faz-me crer que és mais perigoso do que alguma vez quis crer.

Mas e depois, depois dou por mim a escrever e a pensar o que tens de especial para me fazeres isto. Que poder e este que me faz desejar o que nunca desejei e agarrar-te como nunca agarrei ninguém. E que poder é este que exerces sobre mim que me faz escrever e escrever sem nunca parar e sempre com vontade de não parar para poder continuar. Sempre com alguma palavra por dizer, escrever ou rabiscar.

Espaço é a palavra que tende a gritar na minha cabeça para me afastar. Gritar ??! 
NÃO ele berra, chora e depois sussurra quase como uma súplica para que eu não me deixe cair na tentação. 

E então é isso. A minha indiferença. Aquela que tento conquistar em cada segundo do meu pensamento e que dou por mim várias vezes a quebrar.  

E depois que é feito de mim depois desta luta interior que insiste em persistir e não abandona cada neurónio do meu insignificante ser. Não abandona cada molécula do meu corpo e tende a prender-se no meu DNA. 
Sai demónio e deixa-me! Deixa-me para não me deixares em cinzas mergulhada na minha própria consciência que tende a condenar-me ao meu eterno pecado.