quarta-feira, 1 de abril de 2015

Demónio

Está tua indiferença eriça todos os pelos do meu corpo, cravam como agulhas fazendo-me crer que tatuas o meu corpo sem pedir a minha permissão. E faz-me crer que és mais perigoso do que alguma vez quis crer.

Mas e depois, depois dou por mim a escrever e a pensar o que tens de especial para me fazeres isto. Que poder e este que me faz desejar o que nunca desejei e agarrar-te como nunca agarrei ninguém. E que poder é este que exerces sobre mim que me faz escrever e escrever sem nunca parar e sempre com vontade de não parar para poder continuar. Sempre com alguma palavra por dizer, escrever ou rabiscar.

Espaço é a palavra que tende a gritar na minha cabeça para me afastar. Gritar ??! 
NÃO ele berra, chora e depois sussurra quase como uma súplica para que eu não me deixe cair na tentação. 

E então é isso. A minha indiferença. Aquela que tento conquistar em cada segundo do meu pensamento e que dou por mim várias vezes a quebrar.  

E depois que é feito de mim depois desta luta interior que insiste em persistir e não abandona cada neurónio do meu insignificante ser. Não abandona cada molécula do meu corpo e tende a prender-se no meu DNA. 
Sai demónio e deixa-me! Deixa-me para não me deixares em cinzas mergulhada na minha própria consciência que tende a condenar-me ao meu eterno pecado.



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