Tudo parece claro,
Estás longe e não te quero, estas distante e eu te renego, estas algures e eu tão pouco quero saber.
Depois começo a reflectir e a insistir nas mesmas coisas, uma vez e mais outra vez. E reforço voltando a reforçar.
Que não te quero.
Que te renego.
Que tão pouco quero saber.
Mas e depois apareces, alcanço-te ao longe e tudo me abandona. A confiança, a vontade e o tão pouco quero saber.
Os meus lábios rasgam e a minha alma abre. O meu coração aquece de tanto acelerar e a minha respiração parece de momentos me abandonar.
Depois tento te ignorar, tento que o meu corpo não sinta a tua presença, que os meus olhos não te voltem a encontrar e forço as minha pernas a caminhar.
Para longe.
Depois alcanças-me novamente, e desta vez mais presente perguntas-me pacientemente como se tudo voltasse ao normal.
E depois desta luta incessante, em que os meus sistemas começam a debater. A cabeça vira-se para a alma e diz: "tão pouco quero saber"
E naquele momento caio aos teus pés.
Novamente.
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