terça-feira, 7 de abril de 2015

Paraíso

Eu sinto e volto a sentir, as ondas a arrebatar o meu coração num vai e vem que nem eu sei o que quer dizer. Tanto me hipnotizam fazendo-me seguir o vento aromático e tentador que me faz lembrar a ti. Tanto me empurram num turbilhão de sentimentos baralhando tudo no arrebentar dessas mesmas ondas.
O mar apodera-se do meu pensamento e acaricia-me a pele, apodere-se de todos os fios do meu cabelo e faz-me sentir a sensação das tuas mãos por entre eles. Faz-me sonhar com o teu olhar e falar intensamente com ele. 

E então a areia infiltra-se e sinto uma mistura de desconforto. Uma mistura e insegurança em cada partícula da minha pele mais forte e mais persistente que qualquer sensação boa que despertas em mim. E então depois as ondas voltam-me a alcançar. Tirando todas as inseguranças que algum dia poderiam existir. Bastava uma palavra tua, um gesto ou talvez um olhar, que tudo se dissipava. Tudo se esquecia e eu mergulharia nesse belo azul do mar, onde fundiria com o céu bem lá no horizonte e onde mesmo no final do dia seria lá que permanecia, no belo pôr do sol que tanta calma daria ao meu pensamento. E então eu viveria, para sempre envolvida nessa praia chamada paraíso. Nessa calma que se chama felicidade.

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